sexta-feira, 25 de julho de 2008

NX Zero e o desafio de Agora

“Rola uma lenda sobre o segundo CD de uma banda. Se o trabalho mostra que o grupo veio para ficar ou não”. A frase é de Di Ferrero, vocalista do NX Zero, e mostra o momento que a banda paulistana vive com o lançamento do álbum Agora. Depois de dois discos de ouro – um pela vendagem do DVD 62 Mil horas até aqui (mais de 25 mil cópias) e outro pelo CD homônimo, lançado em 2006, que vendeu mais de 70 mil unidades –, o desafio do grupo é se manter no caminho que o alçou ao posto de queridinho dos adolescentes e sucesso nas FMs.
No que depender dos fãs, que já colocaram Cedo ou tarde, do novo trabalho, nas primeiras posições das paradas das rádios, o segundo álbum tem tudo para consolidar o sucesso da banda de rock mais popular do Brasil atualmente. Com 15 faixas, o CD apresenta um som que vai além do rock melódico, usando referências do reggae e até da música erudita. “Escrevemos na estrada, entre shows e entrevistas”, conta Di, que diz ter sofrido com crises de gastrite por causa da responsabilidade do novo trabalho.
“A sensação de cobrança acabou na hora em que entramos no estúdio para gravar”, diz o guitarrista Fi Ricardo. “Tivemos duas semanas para lapidar as músicas, mas estávamos confiantes, e tudo correu bem”, completa Dani Weksler, baterista, que namora a cantora baiana Pitty. Temas como desilusão amorosa, saudade e inveja estão presentes nas canções, compostas quase sempre por Di e Gee Rocha, que toca guitarra e faz os vocais do grupo.
O repertório tem ainda a faixa Silêncio, de Lucas Silveira e Tavares, do Fresno; a influência do rap na participação do cantor Tulio Dek em Bem ou mal e Além das palavras; e o hit Apenas mais uma de amor, de Lulu Santos. “Queríamos gravar uma música de um artista conhecido e acabamos chegando a Lulu Santos. Ele é uma unanimidade. Todo mundo conhece”, diz Dani. “Pensamos também em tocar Oceano, de Djavan”, conta Gee.
Os meninos são cautelosos quando o assunto é a fama: “A gente não liga”, desconversa o baixista Caco Grandino. “Somos apenas cinco brothers fazendo um som”, diz Fi. Com mais de sete anos de estrada e troféus como o de melhor cantor e o melhor grupo no Prêmio Multishow 2008, a banda sonha com uma carreira internacional. “Eu já estou fazendo aulas de espanhol”, brinca Di, que fez um dueto com a canadense Nelly Furtado em All good things.
P.S.:Essa entrevista é do dia 16/7; mais eu achei bem do caralho :]

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