terça-feira, 5 de agosto de 2008

NxZero abre traz turnê de Agora ao Triângulo Music

É a segunda vez que a banda vai se apresentar em Uberlândia

A trajetória da banda paulista NxZero lembra histórias de jovens do primeiro mundo que, na casa dos 20 e poucos anos, estão felizes e realizados em suas carreiras. Para quem já passou pelas amarguras de um cenário independente duro e, às vezes, cruel — shows vazios, falta de estrutura, viagens longas em carros lotados, equipamento precário e muitas dívidas —, o contrato com uma gravadora (Arsenal/Universal) é o início de uma tranqüilidade que tem data de validade.

Di (vocal), Gee (guitarra e backing vocal), Dani (bateria), Fi (guitarra) e Caco (baixo) são hoje a maior banda de rock do Brasil e o lançamento do segundo disco, Agora, mostra que não estão preocupados em saber até quando isso vai durar, e, sim, em viver cada segundo desse dia-a-dia. Se hoje estão contratados por uma multinacional muito se deve àquele mesmo cenário duro e cruel do independente, que tem a particularidade de formar seguidores fiéis para uma banda.

Enquanto escolhia o que comer em um restaurante em São Paulo, no caminho para a gravadora, o guitarrista Gee falou com o CORREIO de Uberlândia. “Estamos na correria do lançamento do CD, muitas entrevistas, viagens e disso a gente não reclama. Afinal, é o nosso sonho.” Ele se lembra de quando fez seu primeiro show em Uberlândia, em um esquema pequeno — tocaram no Skala, na pequena turnê independente que foi a Uberaba e Brasília —, também lembrada pelo baterista Dani no DVD recém-lançado 62 Mil Horas Até Aqui. “Acho que tocamos para umas 200 pessoas”, disse Gee. A expectativa para o Triângulo Music é tanta, que ele quis saber mais sobre o festival.

Músicas como “Razões e Emoções”, “Além de Mim” e “Pela Última Vez” estão entre as mais tocadas do País e, do lançamento de Agora, canções como “Cedo ou Tarde” e “Cartas Pra Você” seguem pelo mesmo caminho. O grupo está em tremenda exposição na mídia e quanto mais vier melhor. “A gente só não faz algo que realmente não tenha nossa identidade. Também não queremos fazer programas direcionados só para crianças ou garotas, não que a gente não goste, apenas queremos atingir outros públicos também.”

Os meninos do NxZero têm 22 anos, com exceção de Di, que tem 23, e no momento agradecem por cada prêmio conquistado, cada show feito e cada disco vendido. “Lembro quando assinamos com a gravadora, quando conversamos com o Rick Bonadio [produtor], quando tocamos no Faustão. Só conseguia pensar no quanto lutamos por isso”, afirmou Gee.

O guitarrista, que é autodidata, só pensa em descansar, talvez, por volta dos 40 anos. Enquanto isso, prepare-se para o show de Uberlândia, que vai mesclar um repertório das músicas do Agora com outras do primeiro disco (NxZero, 2006) e quem sabe alguma coisa do Diálogo?, lançado na fase independente da banda, em 2004. Eles prometem ainda a versão de “Apenas Mais Uma de Amor”, do Lulu Santos, e “All Good Things (Come To An End)”, que Di canta com Nelly Furtado.
Fonte: Correio de Uberlândia

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